segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Há algo no uivar de um lobo que tira um homem do seu aqui e agora e o deposita numa floresta da mente, correndo nu à frente da matilha




Desta vez juntei-me às estatísticas. Estou lendo as Crônicas de Gelo e Fogo devido ao sucesso da série da HBO, Game of Thrones. Assisti às duas primeiras temporadas antes do livros, e a opinião é basicamente a mesma da maioria, primeira temporada bem adaptada, a segunda nem tanto.

Fora a obviedade, tanto a série quanto os livros têm seus méritos, a série torna a história enxuta, facilita a compreensão e a faz correr com um pouco mais de fluidez. Em contrapartida, o livro se aprofunda na personalidade de suas personagens e também cria uma quantidade maior de protagonistas e figurantes.

Tento controlar a quantidade de informações para não arruinar a história de alguém que ainda a esteja lendo. No quesito narrativa, George Martin foi simples e genial ao mesmo tempo. O escritor dá diferentes pontos de vista para a história dependendo de qual personagem a conta. Não é original, mas incrivelmente funcional, liberando informações em doses homeopáticas que obrigam o leitor a avançar ao próximo capítulo, e ao próximo, e ao próximo.

Fora os elogios, nem mesmo na escola do realismo na literatura brasileira matava-se tantos personagem como Martin. E acredito fielmente de que ele gosta disso. Escolha seu herói, escolha a família que quer defender, mas lembre-se, ninguém está seguro, nenhum protagonista é intocável, e o jogo sempre continua.


Diogo S. Campos


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